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Diabetes

Se você abriu essa aba sobre diabetes, imagino que esteja curioso (a) e/ou preocupado (a) com esse tema, então vamos conversar um pouquinho sobre a doença. Caso você não entenda algo ou ainda restar dúvidas, será um prazer conversarmos mais aqui no blog ou em qualquer uma das minhas redes sociais (veja todas ao final desse texto), você é meu convidado (a) em todas elas!

Então, vamos ao nosso assunto em questão? Vou falar agora dos aspectos mais importantes sobre diabetes, que são: o conceito ou definição, os tipos, as causas e, como disse anteriormente, adorarei prolongar o papo caso você queira ou precise saber mais.

O que é o Diabetes?

Diabetes é uma doença causada pela falta ou diminuição de ação da insulina.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas cuja função é colocar a glicose (açúcar) do sangue para dentro das células para ser usada como fonte de energia. Vamos pensar, para facilitar o entendimento, que a insulina é a chave que abre a porta da célula para a entrada do combustível glicose.

Geralmente, as duas situações que mencionei inicialmente, ou seja, a diminuição da ação da insulina – chamada clinicamente de resistência insulínica – e a diminuição da produção de insulina coexistem. E vale a pena eu explicar um pouquinho melhor essa história, pois ela é bem interessante!

Na maioria das vezes é assim que as coisas acontecem: de início já temos uma certa propensão genética familiar, mas só isso não é suficiente para causar a doença. Com o tempo e os maus hábitos, como alimentação ruim e sedentarismo, vamos ganhando peso e desenvolvendo a tal resistência insulínica.

Isso significa que a insulina está ali, mas não consegue agir adequadamente, pois as células do pâncreas, frente ao excesso de glicose circulante e à presença de obesidade, param de responder à insulina. É como um mecanismo de proteção contra um “mar de glicose” que está para o lado de fora (no sangue) querendo inundar as células.

Por um fenômeno chamado feedback, o pâncreas percebe que está sobrando glicose no sangue e faltando nas células e, assim, passa a produzir ainda mais insulina.

Veja só que curioso, nesse momento podemos já estar pré-diabéticos ou até mesmo diabéticos apesar de termos grandes quantidades de insulina circulando no nosso sangue.

O problema é que o pâncreas não aguenta por muito tempo essa situação de ter que produzir insulina em grande quantidade para manter a glicemia normal e então vai entrando em falência na produção de insulina. Nesse momento passamos a ter os dois problemas ao mesmo tempo: a resistência à ação da insulina e a diminuição de sua produção.

Daí para frente, se não houver um cuidado grande com essa questão, o caminho é o de piora progressiva do controle do diabetes e o surgimento das complicações mais graves. E não é isso que queremos, não é? Então vamos continuar nosso papo.

Quais são os tipos de diabetes?

Existem vários, mas vamos falar dos três mais comuns que são: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional.
Diabetes tipo 1: Ocorre principalmente em crianças e adolescentes e é uma doença autoimune. Ou seja, o corpo começa a produzir anticorpos (estruturas que funcionam como soldados) contra suas próprias células produtoras de insulina do pâncreas. Então, rapidamente essa produção de insulina vai a zero, instalando-se um quadro de diabetes agressivo, caracterizado por grandes elevações da glicemia e necessidade instantânea de uso de insulina que persiste por toda vida. Os portadores de diabetes tipo 1 geralmente são magros, pois esse tipo de diabetes não tem a ver com a obesidade.
Diabetes tipo 2: Ocorre principalmente em pessoas acima dos 40 anos de idade e está relacionado à tendência genética familiar associada, na maioria das vezes, ao ganho de peso, maus hábitos alimentares e sedentarismo. O tratamento inicia-se geralmente com medicações orais que podem controlar o diabetes enquanto o pâncreas ainda consegue secretar insulina em quantidades razoáveis. Quando o desgaste do pâncreas se torna intenso, faz-se necessário associar insulina ao tratamento. Como nesse tipo de diabetes a obesidade tem um papel central, quando há correção da alimentação, emagrecimento e também prática de atividade física, a melhora é muito evidente, às vezes até a ponto de se deixar de usar insulina.
Diabetes gestacional: Como o próprio nome já diz, é o aumento de glicose no sangue que ocorre nas grávidas. O período mais comum de surgimento desse problema é após o terceiro trimestre da gestação. Mas deixe-me explicar porque isso acontece. No período da gravidez, como a prioridade de nutrientes é do feto, ocorre de maneira inteligente na mãe um aumento da glicose no sangue para que essa glicose extra seja encaminhada à placenta e ao feto. Os hormônios que promovem essa situação são o lactogênio placentário humano, estradiol, progesterona, prolactina e o hormônio do crescimento. Como podemos perceber, esse é um fenômeno natural e fisiológico, porém, se houver outras condições associadas que potencializem esse aumento de glicose no sangue da mãe, poderá ocorrer então o quadro de diabetes gestacional.

O diagnóstico do Diabetes Gestacional

Para as mamães que ficaram preocupadas, vou complementar esse assunto com uma explicação do resultado nos exames. Na curva glicêmica com 75g de glicose, a qual é realizada na maioria das vezes próximo das 24 semanas de gestação, a presença de qualquer um dos parâmetros abaixo já define diabetes gestacional:

Glicemia em jejum > 92mg/dl
Glicemia 1h após refeição > 180mg/dl
Glicemia 2h após refeição > 153mg/dl

Uma vez tendo sido feito esse diagnóstico, necessita-se um cuidado especial (principalmente alimentação) com essa situação para o bem da mãe e do bebê e para o sucesso como um todo dessa gestação.

Com uma boa orientação nutricional, visando comer alimentos que ao mesmo tempo tenham alto índice nutritivo e baixas quantidades de carboidratos (principalmente os carboidratos industrializados), na maioria das vezes é possível estabilizar a glicemia em patamares compatíveis com boa saúde e desenvolvimento do bebê e ótimos desfechos no parto, até mesmo sem uso de insulina.

Para mais informações sobre os tipos de diabetes, confira em meu blog os textos especiais que preparei para você: link 1 e link 2

O diabetes não precisa afetar a sua vida!

Bem, acho que abordamos todos os aspectos mais importantes dessa condição, mas eu gostaria de deixar uma mensagem final. O diabetes é sim uma doença potencialmente grave e letal, é na verdade a terceira maior causa de morte no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares e o câncer.

Porém, a notícia boa é que nós não precisamos perder o jogo para o diabetes, pois o resultado de um tratamento bem feito, com uma boa relação médico-paciente, boa orientação nutricional, prática de atividade física e medicamentos eficazes e seguros, resulta em uma mortalidade muito menor e uma ótima qualidade de vida!

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