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A genética da obesidade

A genética da obesidade

A genética da obesidade

A obesidade que tem origem em um gene específico felizmente é rara, pois é intensa, difícil de tratar e começa muito cedo na vida.


Na foto desse artigo, vemos exemplos de crianças com deficiências nos receptores da melanocortina (MCR4) e da Leptina, que são 2 das causas de obesidade monogênica raras.


Para esses casos, os tratamentos são bastante específicos dada a natureza do problema, mas sempre incluem também estilo de vida saudável.


O que eu quero falar agora, que importa mais para nós aqui, é algo que ouvi no último Congresso Europeu de Obesidade, realizado na primeira semana de maio de 2022.

Uma respeitada pesquisadora e professora dinamarquesa de uma grande universidade americana trouxe em sua palestra um conhecimento que eu já vinha pensando a muito tempo, que são os testes genéticos para tratamento de obesidade.


Ela, além do conhecimento teórico, trouxe também em sua aula os resultados do teste que ela própria se submeteu em Nova Iorque para pesquisa de fatores genéticos relacionados à obesidade e outros desfechos de saúde.

Pegando especificamente uma análise do seu exame, ela comentou a presença de um gene que a desaconselharia a comer gordura saturada e aí leu a referência dada pelo próprio laboratório para embasar essa recomendação do gene que eles encontraram.


O estudo que embasava a recomendação do laboratório era um estudo de fraca evidência que não tinha capacidade de estabelecer causa-efeito e, portanto, nunca poderia ter sido usado para fazer uma recomendação oficial.


Não bastasse isso, ainda há a possibilidade da presença de outro gene ter o efeito oposto desse e aí a situação se neutralizar, o que também foi comentado na palestra.


Isso tudo acontece, pois, diferentemente das raras doenças monogênicas como as expostas acima, em casos comuns de obesidade a nossa tendência a engordar provém de vários genes ao mesmo tempo e não de um só. Sendo assim, fica quase impossível rastrear “O CULPADO,” pois na verdade é um cenário complexo.


Mas a notícia boa que tenho para dar é que mesmo com um monte de gene jogando contra nós conseguimos sim ter um corpo minimamente normal e não sermos obesos se não oferecermos para o nosso organismo alimentos que irão causar um desequilíbrio hormonal gerador de fome e que nos façam ficar comendo e ganhando peso.

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