O problema não é o carboidrato da natureza
“It helps that carbohydrate-rich foods tend to contain significant fiber (or at least this used to be the case before the art of processing carbohydrates and removing all the fiber, let alone making sugary and other carbohydrates-rich, fiber-free beverages like beer)”
Esse trecho tirado do The Case For Keto, de Gary Taubes tem como tradução literal o parágrafo abaixo:
“Ajuda o fato de que alimentos ricos em carboidratos tendem a conter fibras significativas (ou pelo menos esse costumava ser o caso antes da arte de processar carboidratos e remover todas as fibras, muito menos fazer bebidas açucaradas e outras ricas em carboidratos, sem fibras, como cerveja )”.
O que ele está querendo dizer?
Que na verdade não foram historicamente os carboidratos da natureza como raízes, frutas, arroz, feijão, lentilha, milho, etc, que tornaram as pessoas sobrepeso ou obesas, pois, além da quantidade de carboidratos nesses alimentos não ser tão alta, eles possuem ainda uma boa dose de fibras para dificultar a absorção desses carboidratos.
O que historicamente nos deixou nesse grau de obesidade em que nos encontramos hoje em dia foi a “invenção” de alimentos lotados de carboidrato, com nada de fibras, muito muito saborosos (viciantes). E, para piorar, esses produtos são mais baratos que a comida que de fato interessa para a saúde.
Carboidratos naturais x Carboidratos industrializados
Manga, batata e feijão: carboidratos da natureza, contém uma dose moderada de açúcares e uma boa quantidade de fibras além de não serem hiperpalatáveis e viciantes.
Pão, pizza e pudim: LOTADOS de carboidratos, hiperpalatáveis com virtualmente nada de fibras e viciantes.
Vejam que a natureza não nos trai! A grande questão foi a disseminação em massa da comida processada que deu errado e hoje estamos com cerca de 54% da população brasileira acima do peso.
Já repararam que até o início de século XX quase não tínhamos obesos? Se não repararam peguem fotos antigas de família e vejam o que eu estou falando.
Porém, a notícia boa é que, apesar de termos todo esse conforto da comida processada ao nosso alcance, sempre seremos nós a decidir o que comer e com qual frequência.
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