Você sabe o que é Esteatose Hepática?
Você já deve ter ouvido falar de GORDURA NO FÍGADO (Esteatose Hepática), eu imagino! Digo imagino, pois, ter Gordura no Fígado é uma situação que está cada dia mais frequente entre a população e, hoje, já é a doença mais comum a acometer o fígado.
Estudos recentes mostram que ¼ da população mundial apresenta esteatose hepática, a América do Sul está em segundo lugar nesse ranking, com mais de 30% da população nessa condição.
Vamos entender um pouquinho melhor sobre esse assunto?
Geralmente a doença acomete as pessoas que ganham ao longo dos anos gordura na região abdominal. Enquanto estamos acumulando gordura apenas por debaixo da nossa pele (tecido adiposo subcutâneo) tendemos a não desenvolver problemas metabólicos como obesidade abdominal, triglicérides altos, diabetes, hipertensão arterial, etc, pois esse é o local correto de acumular-se gordura. Mas, quando começamos a acumular gordura na região do abdômen, os problemas que foram citados começam a aparecer, porque nessa localização estão a maioria dos nosso órgãos e a infiltração dos mesmos é que gera esse aumento de cintura.
Chamamos esta condição de gordura ectópica, ou seja, fora do lugar, pois a mesma está em um local que não é apropriado e, portanto, causa problemas.
O fígado é um desses órgãos e provavelmente o mais acometido também. E, como essa gordura vai parar lá dentro? A resposta não é assim simples, mas tentarei falar o os pontos mais importantes.
A Esteatose Hepática é o acúmulo de gordura no fígado, mas, essa gordura não provém da gordura que comemos preponderantemente e sim do carboidrato. E por quê? Quando comemos uma quantidade razoável de carboidrato, essa glicose (açúcar) toda não pode ficar circulando na nossa corrente sanguínea, pois é tóxica, sendo assim vai se acumulando dentro do fígado, na forma de triglicérides, e quando se é realizado o exame de ultrassom, pode-se observar justamente esse acúmulo, que aparece como gordura e acima de 5%, o que atualmente é considerado Esteatose Hepática.
Se não corrigirmos a alimentação, passando a ingerir “comida de verdade” na maior parte do tempo e baixando o carboidrato da dieta, teremos uma piora da resistência à insulina, devido ao seu excesso, sendo necessário secretar a mesma para dar conta de tanto carboidrato. É importante mencionar a resistência à insulina porque ela é o fator essencial para a geração e piora da Esteatose Hepática.
Sendo assim, podemos concluir que a diminuição dos carboidratos da dieta, tanto haverá redução da resistência à insulina, quanto do conteúdo de triglicérides do fígado e, consequentemente, uma melhora substancial da Esteatose Hepática e de todos os componentes da Síndrome Metabólica (outra situação causada pela resistência à insulina) como glicemia de jejum alterada, HDL (colesterol bom ) baixo, hipertensão arterial, triglicérides alto no sangue e cintura abdominal aumentada.
Com isso, percebemos que a doença é totalmente relacionada ao estilo de vida, e seu tratamento também. É valido reforçar que a resposta de melhora é extremamente positiva quando nos alimentamos adequadamente e praticamos exercícios regularmente.
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