Como se prevenir da osteoporose
Cuidados simples ao longo da vida podem fazer toda a diferença
A osteoporose é uma doença que causa a diminuição da densidade óssea, gerando a falta de calcificação, o que deixa os ossos do seu corpo mais fracos, com dores nas articulações e maiores chances de fraturas. As mulheres pós-menopausa são as que mais correm risco de desenvolvê-las.
Seus fatores de risco podem estar associados à genética do paciente, como ossos curtos e pouco peso (ou mesmo um histórico familiar da doença), e outras condições que acometem o esqueleto. Porém, também podem depender apenas do estilo de vida adotado, com uma alimentação pouco nutritiva, sedentarismo e falta de vitamina D.
Nós, especialistas da área de endocrinologia, indicamos, também com base na recomendação da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, que a prevenção da osteoporose comece já na infância com alguns cuidados simples, para que o indivíduo cresça e se desenvolva com uma boa reserva de ossos e tenha maiores chances de evitar a doença.
Alimentação saudável desde criança
Uma alimentação rica em cálcio para fortalecer os ossos é uma das formas mais importantes de prevenção da osteoporose. Quando iniciada desde cedo, com os derivados do leite, a criança apresenta maiores chances de se proteger e também de continuar com uma dieta equilibrada ao longo da vida.
Os maiores vilões da alimentação, que contribuem para o aparecimento de todas as doenças crônicas, são os industrializados. No caso da osteoporose, em especial, os refrigerantes e os sucos não-naturais.
E ressaltando que, de acordo com os valores recomendados pela Food and Nutrition Board (Institute of Medicine, National Academy Press, 1997), na infância (para prevenção precoce) e a partir dos 50 anos (maior grupo de risco) o consumo diário de cálcio deve girar em torno de 1200-1500mg por dia.
Rotina de exercícios físicos
As atividades físicas têm um impacto muito positivo no corpo das crianças e adolescentes, porque a pressão que o músculo causa sobre o osso durante o exercício contribui para o bom desenvolvimento e fortalecimento da massa óssea. Esse é um bom motivo para que eles comecem a praticar alguma atividade física desde cedo.
Já na fase adulta, a rotina de exercícios age como prevenção da perda dessa massa óssea. E não adianta praticar por um período da vida e depois parar. O risco de fraturas continua aumentando mesmo em que fez exercícios a vida toda caso depois haja uma pausa.
Logo, continuar ativo é sempre a melhor opção para prevenir a osteoporose. Além de que, como já sabemos, os exercícios também ajudam a controlar o peso, são uma forma de prevenção de muitas outras doenças crônicas e também representam um momento de relaxamento e lazer.
O sol e a vitamina D
Um estudo realizado com a população do Recife (PE) pelo Departamento de Metabolismo Ósseo e Mineral da SBEM mostrou que 32% das mulheres ingeria pouco cálcio e 24% apresentava níveis baixos de vitamina D. Ainda, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo, o percentual de deficiência em vitamina D da população geral no Brasil é alto.
Para o nosso corpo, os níveis adequados dessa vitamina no sangue contribuem principalmente com a absorção do cálcio. Logo, se muito baixos, afetam a mineralização óssea e a força muscular, deixando os ossos mais suscetíveis a fraturas.
A melhor fonte natural de vitamina D é a exposição solar e entre 15 a 20 minutos por dia já bastam para manter os níveis bons em pessoas de todas as idades – lembrando sempre de usar o protetor solar para o cuidado com a pele. Esse processo não é cumulativo, ou seja, tomar muito sol apenas em um dia não vai compensar pelos outros.
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