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Precisamos falar sobre alimentação

Comidas in natura ou minimamente processadas podem diminuir a incidência de inúmeras doenças

Precisamos falar sobre alimentação

Precisamos falar sobre alimentação

De todos os conteúdos sobre alimentação compartilhados aqui no Blog, talvez, uma das reflexões mais importantes, seja em relação à retomada de uma alimentação mais saudável, ou seja, a opção por parte das pessoas pela “comida de verdade”, por isso, vamos falar mais um pouquinho sobre esse assunto.

O nosso Guia Alimentar para a População Brasileira, que foi pulicado em 2014, tem como sua principal meta a conscientização da população em basear sua alimentação ao longo da vida em alimentos in natura ou, pelo menos, minimamente processados.

Aliás, esse guia é motivo de orgulho nacional e elogiado mundialmente, sendo um dos melhores da atualidade, inclusive parcialmente copiado por outros países.

Para os que tiverem oportunidade de consultá-lo, será de grande ajuda, pois se trata de um documento extensão, mas também chega a ser poético, pela elegante escrita, além, de ser estar disponível gratuitamente.

“Alimentos in natura ou minimamente processados, em grande variedade e predominantemente de origem vegetal, são a base para uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa, culturalmente apropriada e promotora de um sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável”–  Guia Alimentar para a População Brasileira

Existem ainda muitos outros aspectos importantes e interessantes abordados pela publicação entorno do ato de comer, como locais onde comemos, se prestamos atenção na comida, modo de preparo, de onde vem os alimentos que comemos, tradição, entre vários outros temas. Neste artigo apenas abordamos o tema principal, que é justamente esse movimento de retorno à comida de verdade.

Com o passar dos anos ficamos mais doentes?

Até o final do XIX o diabetes era considerado uma doença rara e a probabilidade de um médico daquela época se deparar com um paciente diabético era praticamente nula, bem como casos de obesidade, que também não eram frequentes (é até mesmo possível ter esta percepção ao analisarmos fotos antigas).

E por que essa relação com o passado é tão significativa? Primeiramente, para entendermos o que mantinham as pessoas livres da obesidade e do diabetes, precisaremos observar as mudanças que aconteceram desde aquela época até os dias atuais e, somente assim, ter as respostas para esta pergunta.

Você arriscaria um palpite?

É valido ressaltarmos, antes de entrarmos nessa discussão, que, na medida em que a população vai adquirindo maiores condições de sobrevida, ou seja, tem-se o aumento da expectativa de vida, cresce também o número do aparecimento de doenças crônicas. Entretanto, podemos observar atualmente que o diabetes e a obesidade têm acometido cada vez mais jovens na faixa dos 30 a 45 anos, e, a partir desta reflexão poderemos dar continuidade ao raciocínio que nos levará a entender o que mudou no último século, mais especificamente nos últimos 50 anos.

Se você pensou no grande aumento da oferta de comida processada, principalmente após a segunda metade do século XX, está no caminho certo!

Progressivamente começamos a abrir potes, latas e sacos (inclusive com o endosso de entidades governamentais) e, ao mesmo tempo em que fomos deixando cada vez mais de lado o descascar da comida, ou seja, a nossa comida tradicional e seu modo de preparo, tudo mudou.


Comida de verdade x alimentos processados

Muitos dos alimentos que eram considerados tradicionais passaram a ser raridade, como por exemplo, iogurtes azedos (coalhada) que ao passar dos anos foram sendo substituídos pelos produtos lácteos adoçados, as comidas fermentadas como os picles, e até mesmo as vísceras animais como fígado, moela, coração, etc, que são tão nutritivas, perderam seu espaço na mesa de refeição.

A comida tradicional baseava-se em alimentos in natura, ou minimamente processados, os alimentos eram consumidos como estavam na natureza ou com uma mínima modificação, que servia apenas para facilitar seu transporte ou armazenamento. Esses alimentos têm como característica principal o rico valor nutricional, além de serem muito equilibrados.

E, o que isso quer dizer?

Isso quer dizer que esses alimentos são livres de excessos e deficiências, pois na natureza os processos acontecem em sintonia e de maneira harmônica, resumindo, os alimentos in natura têm densidade calórica adequadas e não iremos encontrar nesses alimentos um grande valor calórico, assim como também não encontramos neles a mistura de gordura com carboidrato.

A junção desses dois elementos citados acima é responsável por produzir o fenômeno da hiperpalatabilidade (sabor artificial exagerado, que exacerba os nossos sentidos e cria um padrão de gosto no organismo fazendo com que o alimento se torne “super gostoso”) presente nos alimentos processados, tornando a comida algo viciante.

É interessante observar que, os alimentos na natureza que mais proporcionam saciedade, também são os mais calóricos e os que mais sustentam (ex: proteínas animais), sendo assim, a despeito das calorias que ingerimos quando os comemos, estamos adquirindo muitos nutrientes e ao mesmo tempo saciando a nossa fome por muitas horas, sem dizer que esses alimentos por não serem hiperpalatáveis não viciam.  

Por outro lado, quando comemos alimentos processados e ultraprocessados, o contrário acontece, além de consumirmos uma quantidade muito grande de calorias, não ingerimos nutrientes suficientes, e por isso não nos sentimos saciados e sustentados, logo, comemos além da conta.

Não é por acaso que esses alimentos levam o apelido de “calorias vazias”, e como exemplos clássicos podemos citar os pães, biscoitos, macarrão, sorvetes, bebidas açucaradas, cervejas, entre outros.

Existe ainda uma grande e relevante questão em relação a esses alimentos, que diz respeito ao enorme rótulo que eles trazem e, definitivamente, o corpo humano não foi testado e preparado neste curto espaço de tempo (menos de um século) para o consumo frequente dessas substâncias químicas artificias.

Já existem estudos mostrando malefícios dessas substâncias, como por exemplo, o adoçante acessulfame K (muito comum em comidas diet), este tem o poder de causar disjunção das células do intestino, o mesmo que acontece com alimentos que contêm glúten, um fenômeno chamado leak gut, já os embutidos processados se ingeridos se ingeridos frequentemente podem aumentar o risco de câncer de intestino. O consumo diário de sucralose, outro adoçante muito comumente usado no Brasil, pode causar disbiose intestinal, que é a alteração da flora intestinal bacteriana, causando não só problemas intestinais, como também outras consequências para nossa saúde como um todo.

A ideia é simples, se conseguirmos voltar a comer preponderantemente alimentos in natura ou minimamente processados, mais da metade dos nossos problemas poderão ser solucionados ao longo do tempo, e evitaremos assim um enorme adoecimento de crianças que estão chegando ao mundo agora.

Se você acompanhou esse pensamento até aqui, gostaria muito de saber sua opinião, seu comentário, contando suas práticas diárias, como vê esse assunto, etc.

Caso queira deixá-lo aqui ou ainda mandar um direct no instagram (@dracristinafarah) ficarei muito feliz de interagirmos.

Guia Alimentar para a População Brasileira  

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