Você sabe o que é a Tireoidite de Hashimoto?
Para explicar de maneira resumida: a tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune, um problema na função imunológica que pode causar o hipotireoidismo.
Na Tireoidite de Hashimoto, ou tireoidite
linfocítica crônica, o próprio corpo do paciente passa a não reconhecer como
dele algumas proteínas que constituem a tireoide, então o organismo começa a
produzir anticorpos que agem contra as proteínas da glândula e essa ação gera a
inflamação crônica.
Ainda não se sabe ao certo o que faz o organismo
produzir anticorpos contra as células da tireoide. Existem hipóteses de que as
infecções virais ou bacterianas, a exposição a certos medicamentos, comidas
altamente processadas, ambientes insalubres altamente poluídos e fatores
genéticos estejam envolvidos nesse processo. Outros fatores como estresse
físico e mental, além do consumo excessivo de iodo, também podem favorecer o
início da doença.
A tireoidite de Hashimoto parece ser mais comum
em algumas famílias, o que pode indicar um fator genético. Acomete também mais
mulheres do que homens e sua prevalência aumentam à medida que as pessoas
envelhecem.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)
mostram que a tireoidite de Hashimoto tem prevalência maior em mulheres: cerca
de 2% a 5% apresentam a doença contra 0,3% a 0,7% em homens. Uma das
causas disso é a maior variação hormonal que elas passam por conta da
menstruação, gravidez e menopausa. Apesar de tradicionalmente ser uma doença
associada à meia-idade e à menopausa, a tireoidite de Hashimoto começa a ser
diagnosticada cada vez mais cedo, especula-se que pelo uso indiscriminado de
anticoncepcionais.
Sintomas: em alguns casos ela é assintomática
por muitos anos até a doença causar desregulação hormonal. Os sintomas são
praticamente os mesmos do hipotireoidismo:
- Falta de resistência física
- Fadiga
- Depressão
- Sensação de frio
- Ganho de peso
- Cabelo e pele seca
- Diminuição da voz
- Prisão de ventre
Caso apresente alguns desses
sintomas associados é necessário procurar um endocrinologista que vai
investigar os sintomas, seu estado clínico e solicitar exames específicos. Caso
seja diagnosticada a doença, por ser autoimune, não tem cura e precisa de um
acompanhamento e pode ser controlada com o uso de medicamentos.
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