Por que a obesidade infantil é um problema que precisamos combater
Excesso de peso pode gerar diversos problemas de saúde no futuro
Antes de tudo, é bom esclarecer que a obesidade não é só uma questão de estética, ela é uma doença crônica muito presente nos dias de hoje e um problema para indivíduos de todas as idades. No entanto, quando ela começa na infância, pode prejudicar ainda mais a saúde conforme avançamos para a vida adulta.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais ou menos 15% das crianças e 8% dos adolescentes do mundo apresentam quadros de obesidade propriamente dita – não somente sobrepeso.
E a previsão não é animadora! Se o cenário atual continuar o mesmo, esses casos podem quadruplicar até 2030. Isso por que o número não está somente alto agora, mas também aumentando exponencialmente.
Como a obesidade infantil acontece
A obesidade nada mais é do que o acúmulo de gordura corporal e muita gente ainda acredita que isso acontece apenas por uma ingestão grande de comida. A verdade é que a alimentação é o principal fator, só que não necessariamente a quantidade, mas principalmente a qualidade do que se come.
Comidas industrializadas, como bolachas e salgadinhos, ou fast foods fazem parte do cardápio diário de muitas crianças. Esses alimentos são extremamente calóricos e, pior ainda, compostos basicamente de “calorias vazias”.
Ou seja, eles são pobres em nutrientes, não contribuem para a sensação de saciedade duradoura e promovem uma condição de inflamação crônica no organismo. Inclusive, esse status inflamatório, especificamente no intestino e no centro cerebral de saciedade (hipotálamo), contribui diretamente para o ganho de peso.
Combinado à má alimentação, atualmente as crianças estão mais sedentárias. Adaptadas à era tecnológica, e também por um problema de segurança pública, vivem dentro de casa na frente do celular, tablet, TV e do computador.
Está claro que eles perderam o hábito de praticar atividades físicas, mesmo as lúdicas. Ou seja, as brincadeiras de rua. E o sedentarismo é um grande vilão da saúde e pode contribuir para o ganho de peso.
Ademais, a obesidade também pode estar ligada a fatores genéticos, desequilíbrios hormonais ou distúrbios psicológicos, como a ansiedade e a depressão. Por isso, é importante que a criança e o adolescente façam um acompanhamento médico com profissional experiente e que inclua também uma boa orientação nutricional.
As consequências da obesidade infantil
É possível afirmar que são grandes as chances de que uma criança obesa continue seguindo os mesmos hábitos, se tornando assim um adulto obeso. Logo, ela fica mais suscetível também a desenvolver doenças crônicas relacionadas à condição.
O excesso de peso é um grande fator de risco para a má formação do esqueleto (podendo provocar problemas ortopédicos) e doenças como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos – incluindo o infarto precoce –, AVCs e vários tipos de cânceres (hoje em dia já comprovadamente relacionados a obesidade).
É comum também apresentarem condições psicológicas como a depressão, muitas vezes desencadeada por causa da baixa autoestima. Além disso, a expectativa de vida dos pacientes obesos é menor devido à seriedade dos problemas de saúde decorrentes da obesidade.
Por isso, a prevenção da doença desde a infância é muito importante. Bem como o tratamento caso a criança ou o adolescente já esteja apresentando sobrepeso ou obesidade. Quanto mais cedo o problema for abordado, melhor será a saúde dos seus filhos!
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